quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Vida Real - Um ano sem Salém

Hoje faz exatamente um ano que sofri uma das piores tristezas da minha vida: a perda do meu amadinho Salém. Decidi fazer esse post pra falar um pouco sobre como tenho superado essa perda e, quem sabe, ajudar alguém que esteja passando por algo semelhante.


Desde o momento que recebi a notícia do falecimento dele eu chorei toda vez que me dava vontade. Não fiquei querendo me fazer de forte e não segurei o choro, deixei tudo fluir.
Eu passei vários dias chorando copiosamente, acordava e dormia chorando, tinha crises de choro no meio do dia, não conseguia olhar pra nenhum canto da casa que lembrava dele... e chorava!


Aos poucos, fui me dando conta de que a saudade doía muito, mas o que estava me corroendo por dentro era a culpa, aquela sensação de que podia ter evitado o acontecido.
Ele morreu devido a uma infecção urinária que já estava generalizada quando o levamos à clínica veterinária, o que me fez querer morrer de tanto remorso por ter ignorado os sinais que ele dava. Apesar de gatos não costumarem apontar quando estão doentes, de vez em quando ele miava esquisito e lambia as "partes íntimas", mas achávamos que era incômodo devido aos pelos que estavam muito grandes e eu ficava com muita dó de mandar tosá-lo, pois ele ficava assim:


Acontece que um dia a coisa realmente ficou feia e ele chorava muito, ficou muito molinho e quase não andava. Foi muito triste vê-lo daquele jeito e até hoje me dá uma dor no coração de lembrar, mas aos poucos fui me convencendo de que as coisas simplesmente acontecem e que todos os erros que cometemos servem de lição pro resto da vida.


Posso ter sido negligente, mas ficar martelando isso na minha cabeça não vai trazê-lo de volta à vida e só vai impedir que eu viva a minha. Felizmente, tenho muitas boas lembranças dele e é nisso que eu tento focar toda vez que a saudade bate (e ela sempre bate!).
Pode parecer frieza, mas é muito importante deixar o passado no passado e tentar recomeçar.
No meu caso, um facilitador foi a nossa mudança de casa, que trouxe novos ares, tomou bastante tempo dos meus dias e fez com que as coisas caminhassem mais rápido.


Mas o grande responsável por manter o brilho no meu olhar e o meu sorriso de cada dia foi o Arnaldo, que apareceu nas nossas vidas um dia depois da morte do Salém e me fazia levantar da cama pra ir visitá-lo no hotelzinho em que o hospedamos e, depois de se mudar definitivamente para a nossa casa, ocupava boa parte do meu dia e foi tomando conta do meu coração.
Sei que um dia ele também vai embora, mas agora eu aprendi que o que vale é aproveitar o presente, pois não temos poder sobre o que o futuro nos reserva...


"Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar..."

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